Para o público em geral, a emissão da DECORE representa apenas um documento necessário para comprovação de renda em bancos e financiamentos. No entanto, para contadores, o processo envolve responsabilidade técnica, cumprimento de normas do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e análise minuciosa da movimentação financeira do cliente.
Emitir a DECORE com segurança e agilidade exige controle financeiro estruturado, gestão documental eficaz e colaboração entre cliente e escritório contábil. Neste artigo, exploramos boas práticas e estratégias para transformar a rotina contábil em aliada na emissão do documento.
A Declaração Comprobatória de Percepção de Rendimentos (DECORE) é um documento contábil com validade legal, exclusivo para profissionais registrados no CRC. Ela comprova a renda de pessoas físicas com base em documentos que evidenciem a movimentação financeira.
A emissão indevida, sem respaldo documental ou com informações inconsistentes, pode acarretar sanções éticas, legais e administrativas ao contador. Os rendimentos informados geralmente envolvem:
Portanto, a emissão da DECORE começa antes mesmo da solicitação do cliente, e depende da organização prévia das informações contábeis e financeiras.
Muitos dos desafios da DECORE decorrem da desorganização financeira do cliente. Pequenas empresas e profissionais liberais frequentemente misturam finanças pessoais com empresariais, não categorizam receitas e entregam documentos fora do prazo ou em formatos inadequados.
Para mudar esse cenário, o contador pode adotar boas práticas de relacionamento com o cliente, como mostra a imagem a seguir:
Boas práticas no relacionamento com seus clientes
Entre as ações recomendadas:
Esse processo constante de orientação permite que o cliente crie uma cultura de organização, facilitando toda a cadeia contábil e, especialmente, a emissão da DECORE.
Além da participação ativa do cliente, o contador precisa de uma estrutura interna eficiente. Isso inclui processos padronizados, uso de tecnologia e capacitação da equipe. Veja na imagem abaixo os principais passos para organizar a emissão:
Passos para a Emissão Segura de DECORE
1. Criar checklists internos
Liste os documentos necessários por tipo de rendimento:
2. Digitalizar documentos
Utilize pastas organizadas por cliente, competência e tipo de documento. O uso de nuvem facilita o acesso e reduz o risco de extravio.
3. Configurar alertas
Sistemas contábeis podem emitir avisos para prazos de distribuição de lucros, rendimentos recorrentes e revisões periódicas.
4. Integrar ferramentas contábil-financeiras
Se o escritório oferece BPO Financeiro, a integração com o setor contábil evita retrabalhos, além de fornecer dados atualizados e organizados.
5. Treinar a equipe
Todos os envolvidos na emissão da DECORE devem entender os critérios técnicos, os riscos e as normas do CFC.
Muitos profissionais enxergam a emissão da DECORE como uma obrigação burocrática. No entanto, ela pode se tornar uma porta estratégica para novos serviços e fidelização de clientes.
Durante esse processo, o contador pode identificar demandas como:
Além disso, a agilidade e organização na entrega da DECORE reforçam a credibilidade e o valor percebido do contador frente ao cliente — especialmente em momentos decisivos como financiamentos, licitações ou análises bancárias.
A emissão da DECORE não deve ser tratada como um ato isolado, mas sim como o resultado de uma rotina contábil eficiente, colaborativa e tecnicamente embasada.
Recapitulando os principais pontos:
Ao profissionalizar o processo, o contador se protege, otimiza a rotina e transforma um desafio recorrente em diferencial competitivo.
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Atualizado em: 21/07/2025 19:54 |
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