Em tempos de transformação acelerada, não há como dissociar o pilar social dos aspectos ambientais e de governança. Tudo está interligado, pois o impacto de qualquer ação organizacional recai, inevitavelmente, sobre as pessoas. Para prosperar nesse cenário dinâmico, é essencial evoluir na gestão de pessoas com ambidestria: a capacidade de equilibrar eficiência operacional com adaptação estratégica. É o verdadeiro business tobe — uma organização com propósito, consciência e impacto positivo.
Se você lidera pessoas, reflita: como está o sal da sua cultura? Está na medida certa para nutrir, engajar e transformar?
O bem-estar é o tempero que define o sabor da cultura corporativa. E essa metáfora do sal carrega um peso histórico. Desde a antiguidade, o sal foi mais que condimento: foi moeda, símbolo de poder e base de rotas comerciais. Impérios como o Romano pagavam seus soldados com “salarium”, origem da palavra salário. O sal preservava alimentos e sustentava civilizações. Hoje, o bem-estar preserva vínculos, sustenta relações e dá sabor à convivência.
Como o sal, o bem-estar precisa da medida certa. Bem dosado, fortalece vínculos e transforma ambientes. Em excesso, sufoca. Em falta, empobrece e adoece. Presença, escuta e leveza são ingredientes essenciais para relações seguras e nutritivas. Criar ambientes de segurança psicológica é papel da liderança contemporânea — espaços onde as pessoas podem ser quem são, expressar vulnerabilidades e contribuir com autenticidade. Esse cuidado começa dentro de cada indivíduo: o autocuidado é o primeiro passo para cuidar do outro. Líderes que cultivam autoconhecimento, equilíbrio emocional e práticas de bem-estar tornam-se mais aptos a construir vínculos saudáveis e inspirar confiança.
A ciência confirma o que a prática revela. O maior estudo de Harvard sobre felicidade e saúde, com mais de 80 anos de acompanhamento, concluiu: relacionamentos de qualidade são o fator mais determinante para uma vida longa e feliz — mais do que riqueza ou poder. Essas descobertas estão no livro “A Boa Vida”, de Robert Waldinger e Marc Schulz. Conexões humanas profundas são “analgésicos sociais”, capazes de proteger a saúde mental, reduzir o estresse e aumentar a longevidade.
No mundo corporativo, dados da Gallup mostram que apenas 21% dos profissionais se sentem engajados, e esse desengajamento custa à economia global US$ 7,8 trilhões por ano. A McKinsey reforça: colaboradores com experiências positivas têm melhor saúde, são mais inovadores e performam melhor.
Cuidar das pessoas é cuidar do negócio. A gestão do bem-estar emocional precisa ser proativa, conectando pessoas, propósitos e valores em torno de causas comuns. Em muitos contextos, o que adoece não é a carga de trabalho, mas a forma como ela é conduzida. Lideranças tóxicas, ambientes de pressão constante e relações marcadas por medo corroem a saúde mental e minam a confiança. Mais que prática pontual, o cuidado é postura contínua: escuta ativa, corresponsabilidade e construção conjunta.
Culturas que promovem segurança emocional fortalecem o tecido humano das empresas e ampliam o impacto social. Quando o cuidado é parte da estratégia, ele deixa de ser discurso e vira transformação.
Essa abordagem está ligada ao pilar social da sustentabilidade corporativa. É no humano que reside o maior potencial de transformação. Saúde mental, diversidade, inclusão e impacto comunitário são essenciais para construir organizações mais humanas e resilientes. O bem-estar é mais que empatia — é estratégia de alto impacto, que transforma pessoas, fortalece culturas e impulsiona resultados reais.
Segundo a Singularity Brasil, até 2030 poderemos alcançar a “velocidade de escape da longevidade” vivendo um ano adicional para cada ano vivido. Nesse cenário, o desafio não será apenas acompanhar a longevidade, mas garantir qualidade nesse tempo ampliado. A resposta está em buscar o bem-estar como pilar estratégico para o futuro das organizações e da sociedade.
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Atualizado em: 23/09/2025 14:09 |
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