O Ministério da Fazenda prevê que os impactos do tarifaço do presidente Donald Trump sobre a economia brasileira devem gerar a perda de 65 mil empregos até dezembro de 2026, com a indústria sendo o setor mais afetado.
A Fazenda divulgou nesta quinta-feira o boletim macrofiscal, estudo que detalha as previsões de crescimento do PIB, inflação, e análise do setor externo. Esta edição trouxe uma simulação dos impactos das tarifas adicionais de 40% sobre produtos brasileiros.
Segundo o estudo, as sobretaxas causariam uma perda de 138 mil empregos, com a indústria sendo o setor mais afetado (-71,5 mil), seguido por serviços (-51,8 mil), e agropecuária (-14,7 mil).
No entanto, os técnicos apontam que as medidas anunciadas de socorro anunciada pelo governo devem reduzir esse número pela metade, chegando a perda de 65 mil empregos entre agosto de 2025 e dezembro de 2026. O plano “Brasil Soberano” , lançado pelo governo, ofereceu pacote de socorro a exportadores afetados pelo tarifaço, como linhas de créditos mais baratas, incentivo para manutenção de empregos e compras governamentais.
A simulação, aponta que as tarifas adicionais dos EUA atingem cerca de 40% das exportações brasileiras para aquele mercado. Dentre os segmentos com maior redução estimada de empregos destacam-se o de cimento e minerais não metálicos; máquinas, eletrônicos e móveis; produtos de metal; químicos e farmacêuticos; madeira e papel; metalurgia; e têxteis e vestuários.
O estudo, no entanto, aponta que os impactos sobre a economia e inflação serão reduzidos, com um impacto de 0,1 ponto percentual sobre o crescimento do PIB, e sem choques sobre o IPCA.
Segundo a Fazenda haverão “impactos setoriais relevantes, mas efeitos macroeconômicos mitigados pela política pública, preservando cadeias produtivas e incentivando a diversificação exportadora.”
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Atualizado em: 14/09/2025 18:00 |
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