A inteligência artificial generativa (GenAI) está no centro das estratégias empresariais globais, prometendo transformar indústrias e modelos de negócios. No entanto, um levantamento recente com mais de 170 líderes revela um paradoxo preocupante: enquanto 79% acreditam que a GenAI trará vantagem competitiva até 2026, 60% não confiam na capacidade de suas próprias organizações de lidar com os dados necessários para que a tecnologia funcione plenamente. Ou seja, a corrida pela IA está sendo travada pelo elemento mais básico, mas decisivo: o dado.
No Brasil, esse dilema é igualmente evidente. Segundo uma análise com mais de 400 empresas clientes da Portão 3 (P3), 72% pretendem investir em GenAI nos próximos dois anos, mas apenas 28% possuem infraestrutura de dados minimamente preparada para suportar esses projetos. Em outras palavras, sete em cada dez empresas estão apostando em uma corrida tecnológica sem sequer alinhar os sapatos.
O problema não está nos algoritmos nem nos modelos sofisticados; está na governança de dados. Nos últimos 12 meses, 41% dos projetos exploratórios de IA reportados à Portão 3 travaram antes de sair do piloto, muitas vezes por bases incompletas, duplicadas ou inconsistentes. Em clientes de e-commerce, por exemplo, 35% das iniciativas de GenAI para personalização falharam devido a históricos de transações fragmentados em múltiplos sistemas. Consolidar, etiquetar e limpar informações deixa de ser um detalhe técnico e se torna uma decisão estratégica central.
Três tendências claras emergem do cenário brasileiro: primeiro, empresas que consolidam dados como ativo estratégico apresentam crescimento acelerado; a análise interna da fintech indica que essas organizações cresceram 2,4 vezes mais rápido em receita digital no último ano. Segundo, há uma adoção seletiva da GenAI: embora 64% das empresas consultadas afirmem querer explorar IA em todas as frentes, apenas 21% têm casos de uso bem definidos, principalmente em compliance, KYC e experiência do cliente. Terceiro, cresce a pressão regulatória: 43% das instituições financeiras já receberam notificações relacionadas ao uso de IA em decisões de crédito, exigindo rastreabilidade e governança robusta.
A lição é clara: GenAI só será diferencial competitivo para empresas que tratam seus dados como ativos estratégicos. Preparar a base de informações não é apenas uma exigência técnica, é uma decisão de gestão que separa as organizações que apenas falam sobre IA daquelas que de fato capturam valor. Empresas que anteciparam essa preparação reduziram em até 35% o tempo de implantação de projetos de IA e aumentaram em 27% a acurácia dos resultados.
Portanto, a narrativa sobre GenAI deve mudar. O verdadeiro desafio e a verdadeira oportunidade não estão apenas na tecnologia em si, mas na capacidade das empresas de estruturar, governar e extrair valor dos dados. A inteligência artificial pode revolucionar negócios, mas só para aqueles que enxergam a informação como seu ativo mais estratégico.
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