O Brasil registrou a menor taxa de desemprego dos últimos 13 anos, consolidando um cenário de recuperação econômica impulsionado pelos pequenos negócios. Segundo dados da PNAD Contínua, divulgada nesta quinta-feira (31) pelo IBGE, a taxa de desocupação no trimestre encerrado em junho caiu para 5,8%, marcando um novo recorde da série histórica iniciada em 2012.
A notícia, celebrada pelo mercado e por especialistas em gestão de pessoas, representa um ponto de virada para os RHs: o foco agora está em reter, desenvolver e valorizar os talentos, em especial os que ingressam por meio de micro e pequenas empresas, que lideraram a geração de empregos formais neste primeiro semestre.
De acordo com o Sebrae, as microempresas, empresas de pequeno porte e MEIs já geraram mais de 635,7 mil empregos com carteira assinada em 2025, o equivalente a mais de 60% das novas contratações formais no país. Esses números reafirmam o protagonismo do empreendedorismo de base na distribuição de renda, redução da informalidade e fomento à inclusão produtiva.
“Esses resultados não representam apenas novos empregos, mas também oportunidades e dignidade para milhões de brasileiros que antes estavam fora do mercado formal”, afirma Décio Lima, presidente do Sebrae.
Com a queda do desemprego e a ampliação da formalização, os profissionais de Recursos Humanos enfrentam um novo desafio estratégico: como atrair, engajar e desenvolver talentos em um cenário de maior competição e rotatividade mais baixa?
Além disso, o avanço dos pequenos negócios exige que as práticas de gestão de pessoas sejam adaptadas à realidade dessas empresas, com foco em:
Capacitação e desenvolvimento sob medida;
Gestão humanizada e empática, com foco na escuta ativa;
Processos de recrutamento mais ágeis e inclusivos;
Gestão de desempenho e retenção voltadas ao propósito e ao crescimento interno.
Com cerca de 26,5% de participação no PIB nacional, as micro e pequenas empresas deixaram de ser coadjuvantes no mercado de trabalho e passaram a ser vetores de transformação econômica e social — exigindo que os RHs tenham olhar estratégico sobre o impacto da base produtiva na dinâmica do emprego no Brasil.
Outro dado relevante da PNAD Contínua mostra que a informalidade caiu para 37,8% da população ocupada, menor patamar dos últimos períodos. O número representa 38,7 milhões de trabalhadores informais, uma redução tanto em relação ao primeiro trimestre de 2025 quanto ao mesmo período do ano anterior.
Esse dado acompanha a expansão dos CNPJs no Brasil: somente no primeiro semestre, 2,6 milhões de empresas foram abertas, segundo levantamento do Sebrae com base nos dados da Receita Federal. Esse crescimento abre espaço para a criação de políticas mais estruturadas de gestão de talentos, cultura organizacional e engajamento de equipes, mesmo nas empresas de menor porte.
Outro indicador que chama atenção dos profissionais de RH é o avanço no rendimento médio mensal real habitual, que chegou a R$ 3.477 – alta de 1,1% em relação ao trimestre anterior e de 3,3% na comparação com 2024.
Já a massa de rendimento real habitual, que representa a soma dos salários de todos os trabalhadores ocupados, atingiu R$ 351,2 bilhões, uma alta de 2,9%. Esses dados indicam maior poder de consumo e estabilidade financeira, o que também influencia o comportamento dos profissionais em relação à permanência ou mudança de emprego.
A economia está reaquecida, mas o capital humano é o principal diferencial competitivo;
A escassez de mão de obra qualificada exigirá mais investimento em formação e retenção;
O crescimento dos pequenos negócios é uma oportunidade para fortalecer políticas de RH mais inclusivas, ágeis e adaptáveis;
O momento pede mais estratégia, escuta e protagonismo do RH na construção de empresas resilientes e centradas nas pessoas.
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Atualizado em: 01/08/2025 18:14 |
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