No primeiro mês de 2011, o Brasil atraiu um enorme volume de dinheiro do exterior. Pelos dados divulgados ontem pelo Banco Central, o fluxo cambial até 28 de janeiro (ou seja, faltando apenas um dia útil para encerrar o dado do mês) foi positivo em US$ 12,37 bilhões.
O montante se aproxima do que entrou no País em setembro do ano passado, quando o fluxo foi superavitário em US$ 13,73 bilhões, refletindo em grande parte a operação de venda de ações da Petrobrás. Em comparação com janeiro de 2010, quando o saldo foi positivo em US$ 1,08 bilhão, o resultado se mostra ainda mais impressionante.
O desempenho forte do fluxo cambial em janeiro foi determinado principalmente pela conta financeira, onde são contabilizados os ingressos de dólares de investimentos estrangeiros (diretos na produção ou em títulos e ações), empréstimos e remessas de lucros, entre outros. O saldo do segmento financeiro foi positivo em US$ 11,62 bilhões. Já o saldo comercial (exportações versus importações) foi positivo em apenas US$ 750 milhões.
O economista-chefe do BES Investimento, Jankiel Santos, atribui o fluxo elevado às captações de empresas no exterior. Com juros baixos no mercado externo e sobra de dólares no mundo, o mercado internacional se mostrou aberto para a tomada de dívidas por corporações brasileiras. Segundo ele, tal situação torna mais difícil a vida do governo no esforço para conter a tendência de valorização da moeda brasileira, já que o movimento decorre muito mais de um enfraquecimento do dólar do que da força do real em si.
Para o professor de economia da PUC-SP Antônio Corrêa de Lacerda, os números do BC mostram que o Brasil vive de fato uma "avalanche de dólares" e tem como desafio saber conviver com isso sem desequilibrar a economia. Lacerda considera que o crescimento vigoroso do País, a situação relativamente equilibrada aos olhos estrangeiros e a transição política tranquila são fatores que favorecem o Brasil no cenário externo.
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Atualizado em: 01/07/2025 12:34 |
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